domingo, 2 de outubro de 2011

VOCÊ PRECISA CARREGAR À CRUZ, NÃO SUA CRUZ

        O Apóstolo Paulo nos diz:

        "Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem metas; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu meso a ser desqualificado" I Co 9.25-27

             É algo bastante comum, hoje, vermos pessoas dispostas a viverem humanamente como atletas profissionais. Ou seja, são pessoas que em tudo se dominam: dormem bem; comem tudo quanto é saudável e ainda suplementam com todo tipo de "fórmula mágica"; não depreciam o corpo com nada que não seja "natural"; não se submetem a esforços que não sejam ligados ao esporte; renunciam relacionamentos; o convívio com aqueles que amam; o conforto do lar e muitas vezes à própria vida. Quantos testemunhos não ouvimos de tantos atletas de auto-nível que, no ápice da forma ou mesmo, logo após a aposentadoria, se veêm acometidos com toda sorte de patologias, muitas delas, os levam a convalescer em leitos de hospitais até que finalmente tragam-lhes a vida.
            O que de fato é triste em tudo isso, é que todo este esforço é para conseguir algo que é tão fácil: Um passaporte só de ida para o inferno.
             Ou vocês acham que a ambição de satanás em incutir na mente dessas pessoas tanta futilidade (corpos impecáveis, fama, dinheiro, status, luxúria) é para torná-los felizes e populares. Meu querido, se você pensava assim ele enganava até você!
             Tudo isto é corruptível, ou seja, tem aparência de bondade, mas, no final é um abismo que arde com fogo e enxofre. Creio, veementemente, que somos mais excelentes que isso. Porque, a coroa pela qual lutamos não é, nem de longe, corruptivel, mas imarcessivelmente incorruptível, gloriosa. É por esta coroa que Paulo nos incita a lutar. Entretanto, não como temos visto as pessoas fazerem hodiernamente. Pois, esta luta que temos visto em nada glorifica a Deus. Temos, a bem da verdade, percebido em nosso campo de batalha um exército medíocre, formado por pessoas (em sua maioria voláteis) que lutam sem qualquer tipo de meta. Pessoas que apenas estão na igreja, mas que na verdade nunca se identificaram com as agrúrias sofiridas pelo nazareno. Para estas pessoas, basta a primeira moda insurgir-se que, lá estão elas no hall dos alienados que caminham aos borbotões sobre a batuta asquerosa das ardilosas estratégias de satanás.
            Como é triste perceber pessoas que num momento são como sansões espirtuais com uma queixada de jumento na mão (com tantos projetos ...), e, que "bem" pouco tempo depois convalescem humilhados nos braços da nova tendência do momento, a sórdida Dalila.
            Pessoas assim não possuem qualquer tipo de perspectiva. Não sabem o que fazem na igreja. São apenas levados por ela como são levados por qualquer outra coisa. Pessoas que merecem o inferno porque, simplesmente, não querem o céu.
           Contudo, os servos verdadeiros não teram este fim. Porque já viram a cruz ensanguentada, já experimentaram o calor do verdadeiro combate pelas almas dos homens, já choraram aos pés da cruz por uma alma agonizante que cambaleava para o inferno. Já saquearam o submundo das trevas, envergonharam demônios, venceram batalhas, sangraram nos campos. Tornaram-se, arquiinimigos das potestades e principados, dos dominadores deste mundo tenebroso, das hostis espirituais do mal nas regiões celestes. Você acha mesmo que quem é assim, vai, de repente, retirar a armadura de Deus, o cinto da verdade, a couraça da justiça, os sapatos da preparação do evangelho da paz, o escudo da fé e a espada do Espírito; para simplesmente deitar-se na lama do chiqueiro de satanás. Você só pode estar maluco.
           Nós somos do Exército do Grande Rei, defendemos as almas dos indefesos (incrédulos que precisam de ajuda), habitamos na Grande Jerusalém (o cálice de tontear, a Cidade de Davi), e lutamos por uma causa que transcede todo entendimento. Já escolhemos o nosso destino, já ultrapassamos a última fronteira, não da mais para voltar, o exército avança e todo aquele que fica para trás será feito presa dos exércitos do demônio, nosso inimigo mortal. Para nós, os que amamos e jamais abandonamos os nossos, só nos resta esperarmos a última batalha, completarmos a nossa missão e morrermos por Ele. Só assim voltaremos para casa. E só assim!
           Mas, tudo isso, foi apenas para lhes mostrar que nossa batalha não é para qualquer um. Por isso que o Senhor quando nos chamou nos disse que não teria volta. Vai quem quer. Nós aceitamos. Não obstante, alguns de nossos soldados; por medo da batalha e por mais medo ainda de voltar. Estão tomando outra estratégia. É exatamente sobre ela que gostaríamos de falar, tudo o mais foi só uma introdução. Então, qual tem sido essa nova estratégia. Vejamos:


             A nova estratégia é começar o combate como todo mundo começa. Carreagando a própria cruz. Algumas pessoas até começam bem. Observem, todas as cruzes são exatamente iguais. Todos estão embuídos de um mesmo ideal, lutam com um único objetivo: glorificar a Deus, caminhar para o Céu e salvar os perdidos.
            Contudo,
           Quando a luta vai tomando forma, algo que geralmente ocorre quando temos que provar, verdadeiramente, de que lado estamos; as coisas começam a mudar. Atente para o fato de que restam poucos que continuam firmes, boa parte já ficou para trás por causa da novela, do namoro, do emprego, da universidade, dos amigos, das modas e de todas as outras futilidades da vida. Foram seduzidos pelo erro de Balaão, e agora, mesmo que não saibam, estão como prisioneiros nas masmorras de satanás. Soube que na cidade de Campina Grande, PB. Ele mantém uma de suas masmorras no bairro do Catolé. Não é lá muito grande nem possui tantos atrativos, mas, muitos ex-combatentes estão presos lá, entre uma praça de alimentação brega e um supermercado careiro. Vai entender? Olha só, nosso companheiro tá meio que desmotivado, sente a falta dos inergúmeros que andavam com ele no passado. O que será que vai acontecer?
             Há, como eu não pude disconfiar!
             O número de pessoas diminuiu por conta dos que mal começaram já foram derrotados. Assim, os que restaram começaram a receber mais oportunidades para trabalhar. Tais como: pregar, evangelizar, cantar, encenar, liderar [...] coisas do tipo. Resultado. Acharam que eram alguma coisa e começaram a arrogar para si status de pop-star. São aqueles que mal conhecem o peso da ferramenta já se sentem profissionais. Em sua maioria, ainda nem fizeram nada de tão significativo. Alguns deles nem se dão conta de que, as vezes, sua outrora tão sonhada oportunidade foi fruto de falta de opção. É, penso ser duro para o Senhor conviver com tantas estrelas no seu exército. Talvez seja por isso que muitas delas também ficam para trás. Esse aí, por exemplo, é; esse aí da gravura, já está tão inebriado pela glória do púlpito e do microfone que se acha no direito de questionar o tamanho de sua cruz. A pressão do mundo também produz esse esfeito, olha só para o que ele tem na mão.
           O nome disso não é serrote. É tapinhas nas costas, coisas do tipo: você é o cara! É com este tipo de ferramenta que questionamos a gloriosa cruz.
           O que ele vai fazer com isso?
          Bem original!
            E eis que tudo se fez novo, e morto!
           Alguns pastores já experimentaram esta estratégia. Muitos gostaram tanto, que aconselham suas ovelhas a tomarem esta atitude de fé (?) também, afinal, para que sofrer?
           Observe que pular, correr e gritar é bem mais fácil assim. Estar na igreja e no mundo ao mesmo tempo também.
          Neste momento eu abro prerrogativa para seus questionamentos. Ora, eu posso estar exagerando, não é mesmo?
         Aproveita, e olha o tamanho de sua cruz. Só por precaução! E, se, de fato você realmente questionou; eu te respondo: Não estou exagerando!
         Próxima etapa?
             Ha haammm... Olha o pessoal que continua com a cruz original. Então é aqui que eles estão! Que lugares pobres e igrejas chatas, os países mais parecem lixões. E quanto sofrimento. Este, definitivamente, não é o meu lugar, afinal, eu sou descolado, popular, desenrolado, e, acima de tudo; sou a nova geração dos filhos do rei (minúsculo de propósito), mereço coisa melhor (tipo uma masmorra de satanás, pois é neste ponto que elas aparecem) não quero ficar junto com estes chatos aqui. Isso não é para mim.
           Eis a solução!
            Tcharaaammm...
            Isso, é o que se pode chamar de desenrolado. E que evangelho! Olha só a carinha de espiritual que ele têm. De acordo com as últimas pesquisas este é o perfil de servo de mais da metade das igrejas de confissão evangélica no Brasil. E é quase que a totalidade das igrejas na Europa. Que lástima. Ou, para alguns, que bom ... [...]
           Mas, como estas igrejas formadas por estas pessoas tem se desenvolvido? Como o exército do Senhor tem se comportado tendo estas pessoas nas linhas de combate? Boa pergunta! Olha só!
            Prova! Que Prova? Luta! Que luta? Cruz! Que cruz?
           Tá louco, isso não é para mim! Não é isso que a Bíblia quer dizer! Jesus é bonzinho e ama todo mundo. Esta história de carregar a cruz, e renunciar a tudo, e viver para glória de Deus é coisa do passado. O evangelho agora é outro. O mundo mudou, por que o evangelho não mudaria? Sai dessa!
          -- Quer saber: troca de anjo, determina o fim da maldição hereditária, exija um carrão e uma casa a sua altura de filho de Deus, faz uma tatuagem, põe um piercing e manda ver na malandragem, gospel heim!!!
          E assim, finalmente, todos chegam ao fim do penoso caminho. Agora, são dois grupos. O primeiro, que chegou bem a frente; é formado por aqueles que deram uma "ajudinha" ao Senhor e macularam suas vidas e suas cruzes. Os prisioneiros de satanás.
          Lá ao lonje, distantes, apareceram em grande número pessoas provenientes de todos os povos, tribos, linguas e nações. Estavam exaustos, machucados, seguravam-se uns nos outros e se apoiavam mutuamente. Mas, em momento algum, permitiam que alguém nem ao menos tocasse em suas respectivas cruzes.
            "São estes os que vem da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do Trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrimaAp 7.14-17
            Quando, finalmente, todos chegaram. A surpresa:
         E agora?
            "os homens serão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder" I Tm 3.2-5
            Isso lembra alguma geração?

            Meu Deus. Que patético!
            Muitos homens e mulheres e um número alarmante de jovens estão caminhando na igreja para terminarem assim.
            [...]
            Ou você é do nosso exército ou não é. Se decida agora!
            Por que...
               "Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.
                Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coias às igrejas. Eu sou a Raiz e Geração de Davi, a brilhante Estrela de manhã" Ap 22.17

               Eu espero, de todo o meu coração, que você esteja lutando no exército certo. E da maneira certa. Salve sua vida. Seja crente!

               Não basta carregar uma cruz. Precisa ser à cruz!

Att,

IBPC, Médici.
JUBRAC, fazendo a diferença!

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